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falar
Por que falar destas experiências?

É fundamental que as pessoas que passam por essas experiências possam se pronunciar sem medo de que suas vivências sejam patologizadas tão duramente. 

 

Divulgar essas experiências em diferentes canais de comunicação, assim como criar oportunidades para as pessoas darem seus depoimentos construindo um diálogo mais aberto e respeitoso entre os vários segmentos interessados pelo tema é o primeiro passo para que haja validação e seja dado a todos o direito de expressar a real profundidade da subjetividade humana. 

Por essas razões o Repensando a Loucura criou um grupo fechado no Facebook que você pode acessar clicando aqui e um fórum de discussões onde você pode compartilhar a sua história. Se quiser ver alguns depoimentos acesse Conte a sua história. 

Há muitas formas para falar sobre essas experiências, a arte tem sido um excelente meio. Nós criamos um roteiro para aqueles que se sentirem inspirados em fazer um vídeo ou áudio, anônimo ou não, que pode ser acessado no botão abaixo! 

Como ouvir essas experiências?

É fundamental que exista maior abertura para aprendermos a lidar com o novo e desconhecido. Avaliar a natureza da experiência através da demonstração de interesse genuíno por parte das instituições, profissionais de saúde e familiares. Evitar preconceito não julgando ou emitindo opinião, mas trazendo escuta integral, mais humanizada e compassiva criando um espaço acolhedor, com apoio, seguro, sem violência para a pessoa se sentir acolhida, respeitada e ouvida.

 

Se essas experiências fazem parte da existência humana como as pesquisas veem demonstrando é fundamental estimular práticas e ações na busca de um novo entendimento, saindo do lugar da dicotomia e indo para um lugar de diálogo onde todos os envolvidos tenham a sua voz. 

O autoconhecimento e a troca de conhecimento entre as pessoas que passam pela experiência, os profissionais e os familiares, podem trazer muita Luz e possíveis soluções que até hoje ainda não existem, se estiverem orientadas na mesma direção - de minimizar tanto sofrimento.  

Criar novas terapias e modelos de atendimentos

Os serviços de saúde já estão incorporando novos modelos através das Práticas Integrativas Complementares (PNPICs) que veem demonstrando que estratégias não medicamentosas podem ajudar no processo de recuperação de muitas enfermidades. A conscientização sobre essas alternativas tanto para profissionais como para usuários e familiares poderia ser mais explorada, assim como a sua implementação nos Centros/Núcleos de Atenção Psicossocial (CAPS/NAPS) e em clínicas psiquiátricas.  

 

A criação de protocolos de atendimento que acolha a espiritualidade e traga uma visão multidisciplinar, humanizando o processo de tratamento dessas experiências, é um caminho que muitas instituições estão buscando. É fundamental capacitar os profissionais da saúde trazendo maior humanidade na relação com os usuários e familiares, diminuindo a distância entre médico e paciente.

Novos modelos de atendimento deveriam incluir espaços de reflexão e questionamento sobre o padrão de normalidade, desmistificando conceitos, medos, inseguranças, trazendo maior familiaridade ao amplo espectro das experiências humanas. A criação de espaços permanentes de convivência através de grupos de apoio e rodas de conversa entre: usuários, profissionais e familiares poderia enriquecer imensamente nossa visão sobre o que é saúde mental.

Ouvir
Terapias

Construir um modelo de cuidado integral

Pensar em um modelo de cuidado integral significa expandir a visão do ser humano reconhecendo que suas dimensões física, mental, emocional e espiritual merecem a mesma atenção.

 

Para repensarmos a loucura, é fundamental integrar o conhecimento da psiquiatria, da psicologia, da espiritualidade e das pessoas que passaram por essas experiências trazendo maior respeito ao vasto espectro dos fenômenos humanos.

A educação dos profissionais de saúde deve, portanto, incluir os saberes científicos e tradicionais, com respeito a multipluralidade cultural e religiosa levando a discussão sobre o tema da espiritualidade e religiosidade em universidades e cursos de pós graduação, principalmente nos cursos de medicina e psicologia.

Oferecer atendimentos que envolvam um cuidado integral e uma visão transdisciplinar nos serviços públicos e privados é um dos maiores desafios em nossa sociedade pois isto representa uma quebra de paradigma onde a onipotência da ciência médica abre mão para reconhecer o valor de todos os saberes.

 

Sem dúvidas, este processo de mudança em nosso modelo de saúde atual demanda dedicação e seriedade e deve acontecer com respeito aos estudos e pesquisas que estão sendo feitos nessas áreas.

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